O Prédio Histórico do Museu do Índio ao longo do tempo

O prédio do antigo Museu do Índio, de acordo com o parecer do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural, é um “… imponente exemplar da arquitetura eclética do início do século XX”, e tem suas origens histórica nos tempos do Império, quando serviu de dote conjugal e moradia ao Duque de Saxe, genro do imperador Pedro II, que foi casado com a irmã da princesa Isabel.

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Foi neste prédio de tanta importância emblemática e histórica para os índios do Brasil que, segundo o laudo antropológico do professor Mércio Gomes, “durante pelo menos 68 anos (1910-1978) abrigou o melhor do pensamento, da ação e do descortino moral dos brasileiros mais ilustres que jamais pensaram e trabalharam pela causa indígena como o Marechal Cândido Rondon, Darcy Ribeiro, Orlando Villas Boas, Noel Nutels, Eduardo Galvão, Carlos Moreira Neto e outros mais.”

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“Este imóvel foi sede do SPI – Serviço de Proteção aos Índios, criado por Rondon em 1910, que estabeleceu as bases filosóficas, morais e práticas da política indigenista republicana. Depois serviu como sede do Museu do Índio, criado por Darcy Ribeiro em 1953, sob a égide de Rondon e Getúlio Vargas, de onde surgiram as grandes idéias para consolidar a política indigenista brasileira diante dos novos desafios que surgiam com a criação de Brasília, a abertura de grandes estradas, a entrada de inumeráveis contingentes populacionais pelo Centro-Oeste e Amazônia.”

“Durante esses decênios, os índios do Brasil foram lutando por sua sobrevivência e no processo foram reconhecendo neste prédio o lugar onde alguma parte de seu destino estava sendo traçado, sempre com esperanças que fosse para melhor. Este prédio guarda essa memória em suas paredes, no ar que nele se respira. Assim pensam os índios que por ele já passaram.”

Não é por outras, e muito menos por poucas, razões que esse prédio e seu terreno se tornaram símbolo do que se fez de bom pelos índios neste país! Eis, portanto, a razão principal do interesse simbólico e, para eles, sagrado, dos índios que hoje vivem no Rio de Janeiro e se aboletaram no terreno do velho Museu do Índio, com a esperança de que ele venha a ser reformado e entregue ao seu desígnio maior.”
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“Seus pais e avós dele falaram quando estiveram no Rio de Janeiro em épocas tão passadas, parece hoje. Nele foram recebidos pelo Marechal Rondon, por Darcy Ribeiro, e deles obtiveram a garantia da palavra de que suas situações, em suas terras, seriam resolvidas. Que havia alguém a olhar por eles no centro do poder da república brasileira”

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