Em outubro de 2006, um grupo de indígenas de 17 etnias, indigenistas e apoiadores da causa indígena reuniu-se num seminário no auditório da UERJ a fim de discutir o melhor caminho para dar maior visibilidade a luta pelos direitos indígenas no Rio de Janeiro e decidiu pela criação de um movimento indígena unificado que aglutinasse indígenas de várias etnias e que resultou na fundação do Movimento Tamoio dos Povos Originários.
Foi de lá que esse grupo pioneiro de ativistas indígenas iniciou uma caminhada para ocupar o prédio do antigo Museu do Índio que, desde a mudança do museu para um casarão em Botafogo em 1977, estava há 30 anos abandonado pelo Governo. Ali passaram a desenvolver diversas atividades culturais indígenas para a população do Rio de Janeiro num movimento de resistência cultural que tornou-se mundialmente conhecido como Aldeia Maracanã.
Este prédio é histórico e emblemático para os índios do Brasil. Em 1910, o Marechal Cândido Rondon instalou nele o SPI – Serviço de Proteção aos Índios e foi nele que em 1953 o antropólogo Darcy Ribeiro inaugurou no prédio o primeiro Museu do Índio das Américas, num projeto inovador que foi premiado pela UNESCO.
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